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A Semente do Ministério

Leitura Bíblica – Gênesis 49:22

Para melhor compreendermos o ministério do Apóstolo João, é preciso conhecer todos os ministérios e todos os ministros que as escrituras nos apresentam. Com isso essa é nossa grande oportunidade de passar por toda a Bíblia. A começar pelo livro de Gênesis até o livro de Apocalipse, pelos sessenta e seis livros.

Isso não é uma tarefa fácil, por que a Bíblia começa na eternidade passada e termina na eternidade futura. Então eu pergunto: é possível usar um avião para viajar da eternidade passada até a eternidade futura? Com um avião é possível viajar de um lugar para o outro, mas para viajar no tempo, não dá. Não há como embarcar em um avião e partir de Gênesis para aterrissar em Apocalipse; a única maneira de sairmos de Gênesis e seguirmos até o livro de Apocalipse, voltar, seguir até a eternidade é se nós estivermos no espírito. Se não estivermos no espírito não dá para fazer uma viagem dessa natureza.

Graças ao Senhor por Ele estar aqui. O Espírito está aqui e podemos, exercitando o nosso espírito, desfrutar do Espírito e participar dessa viagem que Ele preparou para todos nós.

Essa viagem é de graça, ou seja, foi paga pelo Senhor. O Senhor pagou a nossa viagem, basta estarmos aqui, no espírito para podermos desfrutar de todo o conteúdo dispensado para nós. E nessa viagem, saindo de Gênesis, para onde iremos primeiro? Iremos andar pelo Antigo Testamento, por todos os livros, abordando cada ministério, pois isso é muito importante para que possamos compreender o ministério do apóstolo João em sua maturidade.

Essa primeira mensagem nos mostra a semente do ministério. Numa semente encontramos tudo que é necessário para ser produzido aquilo que a ela foi determinado. Dentro da semente de bananeira há o conteúdo necessário para a reprodução da bananeira. Dentro da semente de trigo, há o conteúdo do trigo. Não existe a possibilidade da semente de uma coisa gerar outra coisa. Quando uma semente é semeada na terra e frutifica, o produto gerado será exatamente de acordo com o conteúdo nela contido. Jesus é o Senhor!

Em Gênesis, vemos o trabalhar do Senhor na preparação de uma semente. E nessa semente estava incluído tudo aquilo que o Senhor deseja realizar. No entanto, a semente é uma coisa morta; uma semente é algo morto. O que está vivo na semente é o seu interior, o seu conteúdo. Aquilo que a envolve, o seu invólucro está morto. Esse é o princípio da semente. Mas, se a semente cair na terra e morrer produzirá muito fruto (João 12:24).

O próximo aspecto é encontrado na experiência de José, que veio da descendência de Abraão, Isaque e Jacó, passou por diversas situações e por fim, se tornou o administrador do Egito; ou seja, ele representa alguém que está reinando e está reinando em vida. E qual é o plano de Deus? Fazer-nos herdeiros e co-herdeiros com Cristo, de modo que possamos reinar com Ele (Romanos 8:17).

No final do livro de Gênesis vemos José reinando no Egito. Na verdade o Senhor deseja fazer com que o seu povo reine sobre toda a terra, e nesse caso, o Egito está representando a terra. No entanto José morreu e foi colocado dentro de um caixão no Egito (Gênesis 50:26); ora, essa é a característica da semente, estar dentro de um caixão. Aquilo que é essência nela, e que produzirá algo, está dentro de uma casca, uma casca morta, que podemos comparar a um caixão.

O corpo de José estava morto, mas em seu interior, havia a semente, representada por seus ossos. E antes de morrer, ele pediu para que seus ossos fossem transportados para a boa terra em Canaã (Gênesis 50:21).

O plano de Deus está relacionado com a terra e essa terra indica o lugar que o Senhor escolheu. O povo de Deus foi colocado na terra de Canaã, mas algo aconteceu e eles foram levados para o Egito e o administrador do Egito, na pessoa de José morreu e foi colocado em um caixão tornou-se necessária uma transferência. É preciso que alguém se levante para levar esta semente para a boa terra. Só que o Egito é a terra do Faraó e o Faraó não quer aceitar que essa semente vá parar na boa terra. Então, vemos a continuação do plano de Deus com outro ministério, O ministério da geração dos conquistadores, desde Êxodo até Josué. Depois uma seqüência: os Juízes, os reis, a restauração, os poetas, os profetas e finalmente o ministério do Novo Testamento com o Senhor Jesus.

No livro de Gênesis, no capítulo 49, versículo 22, lemos: “José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus galhos se estendem sobre o muro.” – Essa é uma característica da ação da semente. Ao brotar e crescer em que se tornará? Um ramo frutífero. E esse ramo frutífero está junto à fonte; os seus galhos se estendem sobre o muro. Este é o princípio do estabelecimento do reino por meio da vida.

Essa semente da vida, junto à fonte, cresce e seus ramos se expandem por sobre o muro.  Temos aqui a expansão do reino, a expansão da vida representada pela árvore da vida, que é o próprio Deus. Jesus é o Senhor! Mas em Gênesis 50:22, diz assim: -“José habitou no Egito, ele e a casa de seu pai; e viveu cento e dez anos. Viu José os filhos de Efraim até a terceira geração; também os filhos de Maquir, filho de Manassés, os quais José tomou sobre seu joelhos. Disse José a seus irmãos: “Eu morro; porém Deus certamente vos visitará e vos fará subir desta terra para a terra que jurou dar a Abraão, a Isaque e a Jacó. José fez jurar os filhos de Israel, dizendo: Certamente Deus vos visitará, e fareis transportar os meus ossos daqui.”

Sabemos que “ossos” na Bíblia representam vida. Os ossos do Senhor Jesus não foram quebrados (João 19:36); e por quê? Por que a sua vida é a vida divina. A sua vida é uma vida indestrutível. Ossos na Bíblia representam vida; e essa vida que aqui está representada pelos ossos de José, tinha que ser transportada. Não podia ficar no Egito dentro de um caixão.

“Morreu José com idade de cento e dez anos; embalsamaram-no e o puseram num caixão, no Egito.” (Gênesis 50:26). Como a Bíblia poderia terminar assim? O livro de Gênesis é o livro do começo, Gênesis é começo. Como o começo vai terminar dessa maneira, encerrado num caixão no Egito? Não creio que esse seja o fim. Mas, por que termina assim? Porque aqui vemos a semente do ministério.

Essa semente inclui toda a obra do Senhor até este ponto. No livro de Gênesis temos um resumo, um esboço daquilo que Deus quer realizar. Podemos classificar o livro de Genesis em quatro porções de acordo com a visão do ministério.

Sabemos que João era um dos doze Apóstolos e ele provavelmente era o mais jovem dentre eles já que vemos registrado o fato de João ter colocado sua cabeça no peito do Senhor Jesus (João 13:25); Essa é, sendo ele um discípulo, uma atitude muito parecida com a de um adolescente. Uma pessoa adulta dificilmente colocaria a cabeça no peito do Senhor, mas um adolescente, um jovem com pouca idade, certamente o faria numa demonstração de apreço pelo Senhor, e por que ele o demonstra assim? Por que é um jovem.

Após a ressurreição do Senhor, servindo junto ao Apóstolo Pedro, ele age com outra postura, já amadurecido. No livro de Atos, a partir do capítulo três, percebemos que onde o apóstolo Pedro se encontrava, lá estava ele também. João o acompanhou até mesmo na prisão em Jerusalém, na primeira geração da história da Igreja (Atos 4).  Creio que João o seguia como um aprendiz, observando-o passo a passo, testificando como era feita a obra de Deus. Depois, sua ele foi citado em outra situação pelo apóstolo Paulo, que fora encarregado de levar o Evangelho para outros lugares.  Ao escrever uma carta aos Gálatas, Paulo menciona as colunas da Igreja em Jerusalém, e entre estas colunas consta o nome do Apóstolo João (Gálatas 2:9). Ele se tornou uma coluna; era um jovem, mas agora é reconhecido como uma coluna na Igreja e uma coluna é alguém com responsabilidade, que sustenta encargos. Mas, até essa altura, ele não tinha escrito nenhum livro nem havia feito nada relevante senão acompanhar o Apóstolo Pedro. Contudo, observando detalhadamente, em Atos 10, quando Pedro foi à casa de Cornélio para levar o evangelho aos gentios, João não estava com ele. Naquele momento, seria bom que estivesse, por que afinal de contas, era um fato muito importante; o evangelho estava sendo propagado aos gentios. Uma grande revelação foi confiada ao Apóstolo Pedro... E João não estava ali. Provavelmente por ter sido aquela, uma incumbência específica, destinada a Pedro e relacionada ao seu ministério. Entretanto, vejamos o que aconteceu no final do ministério de Paulo, próximo ao seu martírio. Em 2 Timóteo, sua última carta, depois que ele diz: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2 Timóteo 4:7), comenta que estava preparado para ser oferecido como libação, ou seja, ele ia morrer e antes, escreveu como quem escreve um testamento; essa carta contém suas últimas palavras, e nela ele menciona que todos na Ásia o abandonaram (2 Timóteo 4:16).

Apesar de tamanha revelação e de tal encargo, um encargo novo dentro do plano de Deus porque o que lhe fora confiado era novo, que os outros ainda não conheciam; mesmo assim, Paulo não encontrou quem praticasse o que havia sido dispensado por seu intermédio. Por exemplo: suponha que você desenvolva uma invenção, digamos que tenha descoberto uma bebida, um tipo de energético, que deixa a pessoa forte, com suas energias renovadas; essa seria com toda certeza, uma grande descoberta, uma grande invenção, só que ao colocá-la no mercado para ser vendida, ninguém a compra nem quer experimentar, e mesmo dentre os que experimentaram, não querem mais... Como fica sua invenção? A situação de Paulo estava nesse pé, ele ganhou uma grande revelação, mas quem deveria praticá-la e servir como modelo com respeito a essa revelação, não o fez e ainda por cima o abandonaram. Que situação!

Graças ao Senhor pelo Apóstolo Pedro. O Senhor o chamou para confirmar o ministério do Apóstolo Paulo. E Pedro já maduro, reconheceu que a voz que fora anunciada por intermédio do ministério do Apóstolo Paulo era a voz do Espírito.

Pedro conhecia a voz do Senhor, ele tinha ouvido a voz do Pai no monte da transfiguração (Mateus 17:5); ele comenta sobre o que foi dito no batismo do Senhor (2 Pedro 1:17), ouviu a voz do Senhor quando o enviara a Cornélio (Atos 10:13); e agora, como há quem questione as visões do Apóstolo Paulo, se o que ele está dizendo é mesmo a voz do Senhor ou é a voz dele próprio, quem pode confirmar ou negar isso? Com certeza, alguém que já tenha ouvido essa voz. Graças ao Senhor, esse alguém é o Apóstolo Pedro que por meio da sua experiência pode reconhecer e afirmar: - “Sim, essa voz é a voz do Espírito. Todos nós temos que dar atenção ao que ele está dizendo.” – Logo, as cartas de Paulo foram introduzidas nas escrituras (2 Pedro 3:16) e hoje podemos desfrutá-las, devido a confirmação do Apóstolo Pedro, que esteve com o Senhor e também escreveu as suas epístolas. Graças ao Senhor, cessou o questionamento com relação a Paulo.

Paulo foi martirizado, Pedro foi martirizado e o último Apóstolo vivo foi o Apóstolo João, exilado na ilha de Patmos (Apocalipse 1:9) por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo. Naquela altura a Igreja precisava de ajuda, havia deficiências, a Igreja estava doente, e então o Senhor apareceu para João na ilha de Patmos e notificou o seu servo para que ele notificasse a todos os servos (Apocalipse 1:1).

As quatro grandes visões do Apocalipse foi uma notificação a cerca das visões do Senhor Jesus; e nessas quatro grandes visões, já de início o Senhor mostrou exatamente qual era a primeira grande responsabilidade do apóstolo João.

O MINISTÉRIO DO APÓSTOLO JOÃO, O REMENDAR AS REDES

Podemos dizer que o ministério do Apóstolo João, tornou-se uma ótica para vermos o que o Senhor deseja de nós. Temos várias maneiras de olhar a Bíblia, mas, atualmente precisamos colocar os óculos do Apóstolo João. Jesus é o Senhor! E ele teve duas grandes responsabilidades e essas duas grandes responsabilidades estão relacionadas com o seu chamamento.

Na ilha de Patmos certamente ele despertou para a responsabilidade que havia recebido. Para compreendermos bem isso, é preciso voltar ao momento de seu chamamento. O que ele estava fazendo quando o Senhor o chamou? Remendando as redes (Mateus 4:21). Amém! O que faremos a partir de agora? Com o quê devemos nos preocupar? Qual é a primeira grande preocupação que devemos ter? Remendar as redes!

Remendar as redes é corrigir as deficiências, sem piorar o problema. Remendar é consertar.

Imagine você encontrando uma rede com furos, o que você vai fazer com essa rede, trocar, colocar fogo na rede, rasgar? De acordo com a ótica de João, devemos remendar; consertar, reparar, cobrir. Onde houver furo, não é para aumentá-lo e sim, reparar.

Devemos cobrir os furos, e essa cobertura será feita com revelação.

Este é o primeiro aspecto do ministério de João. O Senhor Jesus mostrou a ele as necessidades da Igreja naquela época. E a grande necessidade da Igreja naquela época era recuperar o seu primeiro amor (Apocalipse 2:4). E sabe como nós recuperamos o primeiro amor das pessoas? Pastoreando.

O Senhor Jesus disse algo muito importante para o apóstolo Pedro depois de tê-lo alimentado. Após a ressurreição os discípulos foram pescar e o Senhor apareceu para eles e mostrou-lhes onde tinha peixe. Eles estavam pescando a noite toda e não pescaram nada. Quando o Senhor apareceu, lhes disse: - “Joga a rede do outro lado!” - E eles jogaram a rede e pescaram 153 peixes (João 21:6). Ao chegarem com os peixes na praia, o Senhor já estava com o café da manhã preparado. O “alimento” tava pronto, o Senhor havia preparado peixe para eles (João 21:9). E então o Senhor os alimentou e perguntou para Pedro:  - “Pedro, filho de João, amas-me mais do que a estes outros?” - “Sim Senhor eu te amo!” – respondeu Pedro - “Então alimenta os meus cordeiros.” – disse o Senhor e perguntou novamente:  - “Pedro tu me amas?” - “Eu te amo!” – disse Pedro - “Então, pastoreia as minhas ovelhas.” – O Senhor perguntou pela terceira vez: “Pedro você me ama?” - “Senhor, tu sabes que eu te amo!”- e o Senhor lhe disse: “Então, alimenta as minhas ovelhas.” (João 21:15-17).

O que nós precisamos fazer para remendar a rede? Alimentar e pastorear. Alimentar os cordeiros, pastorear as ovelhas e alimentar as ovelhas.

Ora, um cordeiro é uma ovelha que precisa crescer. E como o cordeiro se tornará ovelha? Sendo alimentado. E como uma ovelha continuará sendo ovelha? Sendo pastoreada.

Remendar a rede é pastorear. Pastorear é alimentar, cuidar, proteger, assistir e se tornar um modelo do rebanho. Jesus é o Senhor!

 Ao longo de todas as palavras que ouvimos, desde antes de Adão até o ministério do Senhor Jesus, que é o ministério final e eterno que se conclui na nova Jerusalém, podemos afirmar que a aplicação desse ministério para nós, hoje, é pastorear e apascentar. Podemos ver isso no ministério do apóstolo João em sua maturidade.

Todos devem pastorear e apascentar, cuidar dos cordeiros e das ovelhas, por que este foi o encargo que o Senhor confiou ao Apóstolo João para que os irmãos recobrassem o seu melhor amor.

Viver nessa terra sem amor é simplesmente uma tortura.

Sabe por que as pessoas se entristecem? Porque elas vão parando de amar e a tristeza vai entrando em suas vidas; uma tristeza crescente, progressiva a ponto de levá-las a desistir de viver. Ó Senhor Jesus! E nós também podemos sofrer algo assim, por isso precisamos ser pastoreados... Pastoreados pelo Senhor, pastoreados pelos irmãos... O nosso coração é esse, de praticar essas palavras, apascentando e pastoreando os irmãos.

Outro encargo importante revelado nesse ministério foi passado na continuação do capítulo 21 do evangelho de João, quando Pedro perguntou ao Senhor sobre o futuro de João. A resposta que o Senhor lhe deu foi como se dissesse assim: - “Pedro, você será amarrado e levado para onde não quer”, - e o Senhor havia falado estas palavras com respeito à morte de Pedro (João 21:18). E Pedro olhando a João exclamou: - “Eu vou morrer desse jeito, e este aí, como vai morrer?” - Pedro nem chamou João de irmão, ele falou: -“E este aí?” – Parece ter ficado nervoso ao saber que ia morrer daquele jeito, amarrado, levado para onde não queria: - “E quanto a este? Eu vou morrer deste jeito, tudo bem, mas e quanto a este?” – Indagou - O Senhor então lhe respondeu: - “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha que te importa? Quanto a ti, segue-me (João 21:23).” – Aí, começaram a dizer que o Apóstolo João não ia morrer. - “Tem um Apóstolo que não vai morrer. Quando nos atacarem com lanças, pedra, a gente o coloca na frente, já que o Senhor disse que ele não vai morrer, servirá como escudo para nós!” – Eles devem ter pensado: - “Ele agora será o nosso colete a prova de flecha. Quando houver alguma ameaça, a gente empurra o João na frente, por que o Senhor disse que ele não vai morrer até que Ele venha.” – Então, o versículo a seguir mostra que não foi isso que o Senhor disse; o Senhor não disse que João não morreria fisicamente, Ele disse: “se eu quero que ele permaneça até que eu venha.“ (João 21:23). Ora, se não é ele que vai permanecer até o Senhor vir, o que é que vai permanecer?  - O que vai permanecer até a vinda do Senhor é o seu encargo, são as suas visões, é o seu ministério. Então, podemos dizer que o ministério de João é o último ministério. Jesus é o Senhor!

E para completar o ministério, o que falta para o Senhor voltar? Uma coisa que está faltando é que este evangelho do reino precisa ser pregado em toda a terra habitada para testemunho a todas as nações, então virá fim (Mateus 24:14).

Esse ministério de João está relacionado à propagação. Por um lado pastorear, apascentar e por outro lado propagar. Essas são as duas palavras chaves que devemos guardar muito bem ao longo dos próximos meses. Todas as vezes que contatarmos estas palavras, pensemos nessas duas coisas: número 1 pastorear, número 2 propagar. Pastorear os cordeiros, as ovelhas. Quem são estes? São os que estão conosco. Devemos cuidar daqueles que o Senhor já nos deu. E propagar? É ganhar aqueles que ainda não foram dados para o Senhor, ou não conhecem o Senhor. E para que haja resultado positivo nisso, precisamos aprender com o Senhor.

O grande modelo do ministério é o próprio Senhor Jesus. O que o Senhor Jesus fez? Ele, o semeador, saiu a semear (Lucas 8:5; Mateus 13:3). Graças ao Senhor! Precisamos perceber que o ministério do Senhor é realizado por meio de semear a boa semente e essa boa semente é a palavra do Senhor e é o próprio Senhor. Amém!

Diante de todo o panorama precisamos ver e compreender esse ministério. Esse ministério é desenvolvido pela palavra e essa palavra foi trazida para nós por meio da Bíblia.

A Bíblia é o ensinamento do Senhor, é a palavra do Senhor, é a semente do Senhor (Lucas 8:11). O Antigo Testamento nos trás a preparação, e a realidade está no Novo Testamento. Como preparação, temos todos esses livros do Antigo Testamento. E para abordar o ministério no Antigo Testamento, o separamos por etapas.

A primeira etapa é Gênesis, é a semente. E essa semente inclui todo o trabalhar de Deus, desde a eternidade passada a José. Por que José é um ramo frutífero junto à fonte (Genesis 49:22). Jesus é o Senhor! E da eternidade passada até José, temos pelo menos quatro gerações. Temos outras, mas vejamos ao menos quatro.

A primeira geração é a geração pré-adâmica, antes de Adão. Naquele período já havia ministério. Ministério é serviço, é responsabilidade, é comissão. Precisamos ver o ministério que é antes de Adão.

Quem era encarregado pelo ministério nesse período? Ora, na Bíblia temos muitas criaturas. Temos em Apocalipse os 24 Anciãos (Apocalipse 4:4). Eles estão servindo, mas nós não temos referências sobre eles, senão relacionando-os ao Trono de Deus. No serviço ao homem, encontramos ao menos três arcanjos servindo, três Querubins que são: Miguel, Gabriel e Lúcifer (Apocalipse 12:7; Lucas 1:19; Isaías 14:12). Estes três querubins estão servindo e eles sim, estão relacionados ao homem. A estes três Querubins nos interessa observar.

Eles exercem funções antes da criação do homem e sabemos que um deles, Lúcifer, se rebelou contra Deus (Isaías 14:13). Nessa rebelião, quem tomou parte foi um terço dos anjos (Apocalipse 12:4). Ora, podemos observar no espírito o seguinte: se há três querubins e o querubim que se rebelou levou um terço dos anjos, é provável que os outros querubins tenham um terço dos anjos, cada um. Miguel um terço, Gabriel um terço e Lúcifer um terço. Um terço dos anjos seguiu a Lúcifer. Podemos até pensar que todos os anjos que estavam a serviço de Lúcifer uniram-se a ele em sua rebelião e não apenas isso, toda a criação primitiva que havia na terra seguiu também a rebelião de Lúcifer. Por quê? Por que a terra primitiva foi julgada. Foi julgada por águas e foi julgada por trevas. É o que vemos em Genesis 1:2.

Quando Deus criou a terra, a terra não era sem forma e vazia (Isaias 45:18), ela ficou assim depois. E por quê? Por que houve uma rebelião. Uma rebelião liderada por Lúcifer. E nessa rebelião tomaram parte um terço dos anjos e todos os habitantes primitivos da terra. O resultado foi o julgamento.

A RESTAURAÇÃO DA TERRA E GERAÇÃO DE ADÃO

A terra foi julgada por águas e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas (Gênesis 1:2). - “No principio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas (Gênesis 1:1-2)”. - Vemos as trevas e as águas. Nesse caso, trevas e águas, indicam o julgamento de Deus.

A terra quando foi criada não era sem forma e vazia, mas ela se tornou assim por que houve esta rebelião, então, o primeiro aspecto do ministério que queremos observar, se deu antes da criação do homem.

A partir do versículo três Deus iniciou uma obra de restauração em sete dias. Eu não diria que são sete dias da criação, e sim, sete dias da re-criação. O Senhor estava restaurando a sua criação. E no sexto dia Ele realmente criou pela primeira vez... O Homem foi criado. E ao final do sexto dia, após ter criado o homem Deus disse: muito bom! E o homem recebeu uma comissão, uma responsabilidade.

Podemos dizer que essa é a segunda etapa do ministério. A geração de Adão.

Adão era o responsável, “o cabeça”, o líder... E essa geração foi se desenvolvendo, por meio dos seus filhos. Com a queda do homem surgem os problemas decorrentes dessa queda, e esta história foi se desenvolvendo até que chegou um momento em que Deus se arrependeu de ter criado o homem (Genesis 6:6). Disse Deus: “Eu me arrependo de ter criado o homem. “O coração do homem é voltado para o mau (Genesis 6:5).” O homem é perverso, não se submete ao espírito. Eu me arrependo de ter criado o homem. Eu criei o homem para cooperar comigo e o homem encheu a terra com a serpente, com meu inimigo, com uma nova rebelião.” - Mas, Graças ao Senhor, havia um homem que andava com Deus (Genesis 6:8-9), que achou graça Nele seu nome era Noé. E por causa de Noé Deus não destruiu a humanidade e o designou a edificar uma arca para salvação. Ele construiu a arca e convidou os homens a entrar nela (2 Pedro 2:4), no entanto para isso, era preciso ter um padrão: ser justo. E o único que tinha esse padrão naquela época, era Noé e a sua família. E a família de Noé entrou na arca sendo preservada, mas, naquele momento, podemos dizer que a geração de Adão foi julgada e iniciou outra geração que é a geração de Noé.

Deus deu uma responsabilidade a Noé, a mesma responsabilidade que era de Adão. - “Noé, você agora é o responsável. Você deve ser fecundo, deve multiplicar, encher a terra, sujeitá-la, dominar e estabelecer o meu reino nela. (Gênesis 9:1)” - Mas, o que aconteceu? Um dos filhos de Noé foi amaldiçoado (Gênesis 9:25) e dessa descendência do filho de Noé que foi amaldiçoada nasceu alguém chamado Ninrode (Gênesis 10:8). Esse Ninrode se tornou poderoso caçador, famoso, estabeleceu um reino, fundou uma grande cidade chamada Babel e construiu uma torre para exaltar o seu próprio nome (Gênesis 11:4). A essa altura, novamente Deus, se arrependeu de ter levantado o homem. - “Assim não dá.” - Que situação.

Entretanto, o Senhor havia dito para Noé que não iria mais julgar a terra com água (Gênesis 9:11), então, Deus usou outra maneira para julgar. A mistura das línguas.

Os homens foram confundidos pelas línguas (Genesis 11:9), cada um começou a falar uma língua diferente, ninguém mais se entendia, o resultado foi sair pela terra. E naquela altura, cada um deles adorava um ídolo. Para onde eles foram, levaram os seus ídolos e a terra se encheu de ídolos.  Deus teve um novo começo chamando o pai da fé, Abraão. Aleluia!

Podemos até dizer que temos outra geração, a geração da fé. Aleluia!

AMAR A PRIMOGENITURA E SER TRANFORMADO PELO SENHOR

O Senhor prometeu a Abraão uma terra, uma nação e uma benção. Para tudo isso se realizar era necessário um descendente.  - “Olha, saí da sua terra, da sua parentela que eu vou te dar uma nova terra e nessa nova terra você se tornará uma grande nação. Você será uma benção para todas as famílias da terra” (Gênesis 12:1-3). Terra, nação e benção. Mas essa terra, nação e benção dependiam de um descendente e Abraão não tinha filhos, sua mulher ficou velha, ele já estava velho e a promessa de Deus tinha como base um descendente.

O tempo passava e nada do descendente vir... Ele apresentou um escravo (Gênesis 15:2), mas não era isso que Deus queria - “Esse escravo não vai ser o herdeiro! (Gênesis 15:4) – Disse-lhe o Senhor.” - Tinha um sobrinho chamado Ló; - “Esse sobrinho também não pode ser o teu herdeiro!” – reafirmou o Senhor – então resolveram dar uma força ao Senhor, e com muito jeitinho... - “Olha Deus, eu tenho uma escrava! Que tal essa escrava gerar um filho de Abraão? – abordou Sara, a mulher de Abraão com a melhor das intenções.” – E assim, fizeram nascer Ismael.  – Mas, o Senhor... - “Não, não é esse Ismael! Ele é produto da carne. O descendente tem que nascer da Sara.” – ...Permanecia irredutível. - “Mas, Sara está velha, eu também, e agora?” – mesmo assim, Abraão  não duvidou, pelo contrário se fortaleceu dando Glórias a Deus! Como resultado nasceu Isaque o herdeiro que representa a graça (Gênesis 21:2).

Isaque teve dois filhos, Esaú e Jacó. E quando Esaú estava nascendo, Jacó estava agarrado em seu calcanhar. Mesmo antes de nascer já almejava ser o primeiro (Gênesis 25:22-26). Por que será que ele queria ser o primeiro? Porque ele queria ser o herdeiro, queria ser o primogênito e estava em seu sangue ser o primogênito, não em seu irmão. Esaú estava cansado, com fome, trocou seu direito de primogenitura por um prato de lentilha (Gênesis 25:29-34) e ainda disse: “De que me vale esse direito de primogenitura se vou morrer?” - E quando Jacó preparava o prato de lentilha, Esaú disse: - “Eu troco o meu direito por essa lentilha aqui!” - É como se ele tivesse dito: Eu troco tudo por um fungi, por algo que sacie minha necessidade pessoal! Uma lentilha pra eles é como um fungi aqui em Angola. É como um irmão angolano dizer: - “Dá-me um Fungi que eu largo tudo! Não me interessa a Igreja, não me interessa mais nada.” – E Esaú largou tudo, perdeu o direito de primogenitura, perdeu a sua benção, por que Jacó enganou o seu próprio pai e ficou com a benção de Esaú (Gênesis 27). Mas Jacó, o suplantador, foi parar na casa do tio dele, chamado Labão, e seu tio o fez padecer durante vinte anos (Gênesis 29 e 30). Ó Senhor Jesus!

Quando Jacó saiu de lá encontrou o Senhor no caminho e lutou com o Senhor. Lutou feito um príncipe e o Senhor tocou-lhe a coxa e mudou o nome de Jacó (Gênesis 32:22-32). – “Você agora não é mais Jacó, você agora é Israel.” - que significa príncipe de Deus. – Essa conquista se deu por meio de luta, sofrimento, não foi fácil. Sofreu muito na mão de Labão, sofreu muito por causa dos seus filhos, sofreu com a morte da esposa, a mulher que ele amava... Ainda levaram o seu filho amado para o Egito e ele nem ficou sabendo; pensou que havido morrido.

Mas, aquele que foi levado para o Egito, José, se tornou uma benção. Sofreu injustamente, contudo a mão do Senhor era com ele. E cresceu, amadureceu e se tornou o príncipe da terra do Egito (Gênesis 41:39-41), e já no final da vida de Jacó, quando ele já tinha perdido a esperança, se levantou aquela situação. O seu único filho Benjamim tinha que ser levado também para o Egito (Gênesis 42:34). Ele orou ao Senhor: “Senhor, se é para ficar sem filhos, sem filhos ficarei (Gênesis 43:14).”  - Levaram Benjamim. Então, José finalmente se manifestou aos seus irmãos (Gênesis 45:1). “Meu pai ainda vive? (Gênesis 45:3). Então vamos trazer o meu pai aqui para o Egito.” - E isso chegou ao conhecimento de Jacó. Ele ouviu: “José está vivo (Genesis 45:26)”.

E agora, uma parte de Israel está no Egito e a outra parte de Israel está em Canaã. Quem vai para onde? José vem para Canaã ou Jacó vai para o Egito? Essa é uma boa questão. Entretanto, Israel lembrou-se do sonho de José. José teve um sonho e nesse sonho o sol e a lua se inclinava para ele. Quando José contou este sonho para o seu pai, ele disse: - “O que é isso? Você está dizendo que eu e a tua mãe vamos nos submeter a você? Que é que é isso rapaz? (Genesis 37:9-10).” - Então ele compreendeu: - “É verdade, José cresceu, amadureceu e hoje ele está reinando em vida.” - Jacó se submeteu, reconheceu que o Senhor estava com José e deixou a boa terra, seguiu para o Egito, abençoou seus filhos e morreu. José também morreu e foi colocado num caixão no Egito (Gênesis 50:26). E terminou o livro de Gênesis. Mas, não dá para terminar assim. Esse plano tem que continuar, ele não pode terminar desta maneira. Graças ao Senhor, realmente não terminou. O que nós temos aqui é a semente do ministério. Tudo aquilo que o Senhor realizou desde a eternidade passada até aquele momento estava incluído na vida de José. José é a reação do Espírito contra a rebelião de Satanás, contra a queda de Adão, contra a rebelião de Ninrode. Representa a reação da fé, a fé que nos faz transportar da terra de ídolos para a terra do filho do amor do Senhor. Ali temos uma tenda e temos uma esperança.  Esperança de uma cidade que tem fundamentos (Hebreus 11:10). Jesus é o Senhor!

Pela fé, nasceu Isaque, que é o herdeiro, que representa a graça; representa todas as riquezas de Deus dadas gratuitamente a nós quando cremos, a nossa redenção, o nosso futuro; no entanto, irmãos, precisamos ser transformados de um suplantador, de uma pessoa egoísta, de uma pessoa que está interessada somente em suas próprias coisas, num príncipe, Israel, um príncipe de Deus. Alguém que representa o interesse de Deus, alguém que luta por Deus.

E Jacó na sua maturidade é representado por José. Em Gênesis 37, temos: - “Habitou Jacó na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã. Esta é a história de Jacó. Tendo José dezessete anos”.  - Como é isso, essa era a história de Jacó ou de José? Observem esse versículo: - “Esta é a história de Jacó. Tendo José dezessete anos.” - Deveria ser assim: - “Essa é a história de Jacó. Tendo Jacó dezessete anos”, não é verdade? Jacó vai contar a sua história: “essa é minha história, eu tinha dezessete anos...” - Quem tinha dezessete anos? Não era Jacó, mas José, por quê? Porque José é a continuação de Jacó no exercício da sua maturidade, já como alguém que está reinando em vida. E a experiência de José no Egito é a experiência de quem vai reinar em vida. Ele não se submeteu ao pecado, mesmo quando o pecado bateu à sua porta ele foi fiel ao Senhor (Gênesis 39:7-9); não quis se envolver com a mulher do oficial de Faraó, do capitão da guarda. Foi preso injustamente (Gênesis 39:19-20); mas ele não desistiu, continuou fiel ao Senhor, mesmo na prisão.

OS VARÕES DE RENOME

Saindo da prisão o Senhor o abençoou a ponto dele se tornar administrador da casa de Faraó (Gênesis 41:40). Então quando José foi colocado naquele caixão, vemos a figura de uma semente que inclui toda a revelação de Deus e tudo aquilo que Deus é capaz de fazer. Deus é capaz de nos fazer vencer a rebelião de Lúcifer e nos fazer permanecer fiéis no Senhor. Também nos preservar de permanecer na geração de Adão, que fracassou, misturando-se com os anjos caídos, como está registrado em Gênesis 6:2, onde temos a mistura dos anjos caídos com as filhas dos homens. Esses anjos que escolheram as mais bonitas, as mais belas das filhas dos homens, foram disciplinados por Deus. Mesmo os anjos, com todos os seus poderes, precisam seguir regras espirituais; e uma regra espiritual era não se envolver com o homem que havia sido criado. Mas, eles não guardaram o seu estado original e se envolveram com os homens em total desobediência. E dessa relação surgiram os gigantes, varões de renome (Genesis 6:4). Pela primeira vez na Bíblia, vemos varões de renome.

O termo: “Varões de renome” significa fama, a fama do homem. Essa fama do homem é o resultado da entrada dos anjos caídos, rebeldes que não guardaram o seu estado original. No livro de Judas capítulo 1, versículo 6, diz: “e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio.” Existia um domicílio, este domicílio era o seu lugar de habitação, eles não o guardaram, mas se misturaram com os homens. Por isso “ele tem guardado sobre trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia.” - Esse grande dia é o grande Trono Branco que lemos em Apocalipse, no capitulo 20, no final, quando a morte é lançada no lago de fogo, quando o inferno é lançado no lago de fogo, quando o mar é lançado no lago de fogo... Ou seja, a habitação dos anjos caídos e dos demônios.

Foi uma grande rebelião a raça angelical misturar-se com a raça humana tendo como resultado uma sub-raça denominada Nephelin e essa palavra Nephelin é traduzida em Gênesis 6 como gigantes, mas em hebraico é Nephelin; e o que é um Nephelin? Não é nem homem nem anjo, é uma mistura.

Tornaram-se os gigantes rebeldes, rebeldes contra Deus e contra os homens, por isso, aqueles habitantes de Canaã, onde Josué entrou, pra estabelecer o reino de Deus, deveriam ser eliminados completamente. E por que Deus permitiu que aqueles povos fossem eliminados completamente? Porque muito provavelmente constituíam uma raça misturada. Uma raça misturada não tem a capacidade de reagir à palavra de Deus, de se arrepender, de ser útil a Deus, por não ter o espírito do homem.

Este é o panorama do livro de Gênesis. Primeiramente, o ministério na geração pré-adâmica, e nessa geração pré-adâmica, há três ministros principais: Miguel, Gabriel e Lúcifer.

Lúcifer, de acordo com Ezequiel 24, era responsável por guardar o jardim de Deus, o jardim do Éden. Podemos dizer que Lúcifer era encarregado pelo serviço na terra; ele era o Querubim que servia na terra. Lemos em Ezequiel 28:11 - “Veio a mim a palavra do SENHOR dizendo: Filho do homem, levanta uma lamentação contra o rei de Tiro e diz-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias” - E aqui fala das pedras e no versículo 14 também, - “Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas.”

Se interpretarmos a palavra de Deus, podemos considerar perfeitamente que nessa etapa da criação, na terra havia uma liderança; uma liderança com o serviço, isto é, o ministério de guardar o jardim, e esse ministério de guardar os serviços era uma incumbência de Lúcifer. Por outro lado, Miguel, como está escrito em Apocalipse 12, está defendendo os interesses de Deus nas regiões celestiais. Muito provavelmente Miguel era o comandante do exército de Deus, o exército nas regiões celestiais. Toda vez que vemos algum combate espiritual na Bíblia, Miguel está envolvido. E Gabriel é o mensageiro de Deus. Parece que é o encarregado em fazer a conexão dos céus com a terra. Sem muita fantasia, dá para imaginar que estes três Arcanjos têm a responsabilidade desses três serviços, e que o Arcanjo Lúcifer está encarregado pelo serviço na terra; mas se achou iniqüidade nele... Por quê? Por causa do seu coração.

Isaías 14 diz: - “Eu subirei, eu subirei aos céus, eu me assentarei!” – É como alguém querer exercer uma função além daquela que lhe foi determinada. Ele quer subir, Subir, subir, a ponto de se colocar como Deus. Como é que um querubim pode chegar ao ponto de querer ser como Deus? Sabemos que Lúcifer é mais sábio que Daniel (Ezequiel 28:3), uma pessoa inteligente, capaz, certamente conhece a diferença entre o criador e criatura. Você acha que Lúcifer queria ser mais do que Deus ou se colocar na posição de criar as coisas? Eu não creio que seja assim, creio que Satanás quis ser exaltado, por que somente Deus pode ser exaltado. Ele quis ser exaltado como Deus. Receber a glória e nesse ponto, Deus o julgou.

Mas nesse juízo, um terço dos anjos seguiu a Lúcifer e até mesmo os habitantes da terra o seguiram. Isso nos dá indicação de que a responsabilidade de Lúcifer era a terra. E por ser o responsável pelo serviço na terra ele tinha autoridade, tinha liberdade e isso preparou terreno para que um terço dos anjos o seguisse e todos os habitantes primitivos da terra também. Isso foi uma grande lição.

O HOMEM FOI CRIADO PARA DOMINAR MAS NÃO PARA SER MONARCA

 Há uma mudança no exercício da autoridade delegada por Deus, e muito provavelmente foi por causa dessa situação. Quando Deus criou o homem; homem e mulher os criou, Deus os abençoou e disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a e dominai (Gênesis 1:27-28). E Deus colocou o homem no jardim do Éden com a responsabilidade de cultivar e guardar o jardim (Gênesis 2:15). Essa comissão deve ter mexido com o inimigo de Deus. Essa era a sua responsabilidade que agora fora dada a um homem, um homem menor que os anjos. O homem foi feito assim, menor que os anjos. Imagine você perder a sua função para alguém que lhe é inferior. Lúcifer deve ter pensado: “Esse homem é menor do que eu, o que ele está fazendo ali?” Então o ódio do inimigo de Deus se voltou contra esse homem por que ele foi encarregado da sua responsabilidade, o seu ministério.

O homem recebeu o ministério de estabelecer o reino nesta terra e combater o inimigo de Deus; sujeitar a satanás e as forças espirituais do mal nas regiões celestes. Por que quando surgiu a expansão, os ares, o inimigo de Deus imediatamente se localizou lá para dominar e controlar a terra a partir das regiões celestes que certamente não constituem o terceiro céu, e não é o monte Sião, a habitação de Deus. Esse céu que a Bíblia menciona não é o terceiro céu. O terceiro céu, como a habitação de Deus, não tem a presença de Satanás.

Os ares, a atmosfera, esse lugar sim acabou se tornando o ambiente onde Satanás ocupou com os seus anjos caídos. E os demônios nos mares, andando pela terra, pra conquistar, para usurpar.

O homem foi criado e Deus deu um caminho para ele seguir, o caminho da vida, o rio da água da vida, a árvore da vida para que tudo que o homem fizesse, fizesse por meio da vida; mas no final do capítulo 2 de Gênesis, ainda na comissão do homem, disse Deus: -“Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” - Por quê? Para evitar que surja um monarca: Adão I.

Por isso deixa o homem pai e mãe, se une a sua mulher e os dois se tornam uma só carne. É uma nova família, é uma família que vai responder e se comunicar diretamente com Deus. Logo, entendemos a ação do Senhor para eliminar entre os homens aquela rebelião que aconteceu antes de Adão. O Senhor quando criou o homem, mostrou-lhe o caminho de encher a terra deixando pai e mãe, porque se o homem não deixasse pai e mãe, Adão seria o primeiro monarca; ele seria um rei, o Adão I, e todos estariam debaixo da sua liderança. O que Adão falasse, todos teriam que obedecer. Mas Deus não fez assim. - “Deixará o homem pai e mãe.”- Amém! E os dois se unem e se tornam uma só carne e ali tem um novo sacerdote, uma nova pessoa responsável em responder a Deus. Se Adão se rebelar o seu filho não se rebela. Se o filho de Adão se rebelar o outro não se rebela por que todos respondem diretamente para Deus. Jesus é o Senhor!

Quando Caim saiu da presença de Deus, vejam o que ele fez, fundou uma cidade. Fundou uma cidade e deu a cidade para o seu filho e ali constituiu o seu domínio, a sua esfera de ação, mas separados da presença de Deus (Gênesis 4:17). Nós todos respondemos para Deus. Graças ao Senhor, no Novo testamento, Deus nos deu a unção. E a unção é verdadeira e nos ensina todas as coisas (1 João 2:27). Amanhã nenhum de nós vai poder dizer: - “Ah, eu fiz isso e aquilo por que o irmão  me falou!” - “Por que você fez isso?” - “Ah, por que o irmão me falou para eu fazer.” - Então no tribunal de Cristo nós vamos responder pela palavra do Senhor. Agora, se o irmão estiver falando da parte de Deus, aí sim, deveria ter sido ouvido. Mas, nós temos discernimento para conhecer a vontade de Deus, o caminho do Senhor; e nós somos responsáveis por ele. Então veja, Lúcifer se rebelou e um aspecto de sua queda é muito importante para nós, pois estamos observando aqui os ministérios. Já vimos que tudo isso está produzindo a semente do ministério. Aquilo que Deus confiou para os homens, e até mesmo os erros dos homens, serve para nós. É como uma proteção. Essa semente já vem revestida de uma proteção para nós, essa revelação é uma proteção. Ezequiel 28:16-18 diz: - “Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecas-te; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. Elevou-se o seu coração por causa da tua formosura, corrompeste  a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem. Pela multidão das tua iniqüidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários.” – O Santuário que este querubim deveria guardar era o monte de Deus, era o jardim de Deus. No jardim de Deus não poderia entrar injustiça. No jardim de Deus não poderia entrar o produto do comércio. É difícil dizer o que Satanás andou comercializando. O que ele comercializou? O que virou o seu comércio? É difícil dizer. Mas não está longe de nós imaginarmos que o brilho das pedras deve ter sido algo muito valioso. Aquelas pedras valiosas no monte de Deus, devem ter se tornado uma grande tentação para se vender e então usar o resultado da sua venda e trazer para dentro do santuário de Deus. Isso é uma lição para nós, sobre como lhe dar com as coisas mais valiosas que existem...

O que é mais valioso que existe? É a palavra de Deus, é a revelação da palavra de Deus. Qual é o preço da revelação da palavra de Deus? Não existe nada mais valioso, por que a palavra de Deus é a nossa vida, é o nosso futuro, e nos dá acesso à eternidade. A palavra de Deus cura, a revelação na palavra de Deus nos alegra, nos alimenta, nos encoraja. Qual é o preço dessa revelação? Sabe qual é o preço? É de graça, o Senhor nos deu. Deuteronômio 29:29 nos mostra: - “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.” - Jesus é o Senhor! Aleluia!

Então a revelação da palavra de Deus nos pertence e pertence aos nossos filhos.

Nós reconhecemos que para transmitir a palavra de Deus precisamos de algumas coisas, no entanto, o mais precioso, que é a própria revelação, é de graça. É de graça por que ela nos pertence.

Em João 2 nós vemos o Senhor entrando no templo, que no Antigo Testamento era o lugar do testemunho de Deus, era até chamado de casa de Deus, e ele encontrou ali os cambistas, pessoas vendendo, comercializando coisas e o Senhor fez um chicote e expulsou os cambistas e derrubou as mesas, e espalhou o dinheiro pelo chão, e falou muito claramente: -  “Não façais da minha casa uma casa de negócios (João 2:16).” - Então irmãos, olhando para o que aconteceu na experiência do ministério antes de Adão e olhando para a experiência do próprio Senhor Jesus, nós podemos fazer algum comércio na Igreja? É preciso guardar a esfera dessa casa. Jesus é o Senhor!

Creio que esta é uma grande lição para nós do ministério antes de Adão. Adão foi levantado. Nós vimos a sua principal responsabilidade que era expandir o reino. Ele deveria cuidar, ele deveria cultivar o jardim. A nossa primeira responsabilidade é cultivar a vida. Na nossa casa, no serviço da Igreja, onde nós estivermos em primeiro lugar nós devemos cultivar a vida. Dar atenção à palavra de Deus, dar atenção ao Espírito, dar atenção aquilo que promove a vida e guardar o jardim para que aquilo que é profano, aquilo que é comum, aquilo que é mundano não entre na nossa casa. E o fato de deixar pai e mãe está muito relacionado com a obra da expansão. Sair, ir para outros lugares, pregar o evangelho, levar a palavra da vida, como nós temos praticado ao longo desses dez anos. Jesus é o Senhor!

Em 2006 houve uma conferência: “O monte da herança!” Todos deveriam requerer ao Senhor o seu monte da herança. E muitos irmãos saíram e o evangelho avançou. Hoje, graças ao Senhor, o testemunho se expandiu para vários países da África, porque irmãos e irmãs deixaram pai e mãe. Deixaram aquela origem, a sua fonte, não no sentido espiritual, mas no sentido da responsabilidade, no sentido de sair, de arriscar-se por causa do Senhor, por causa do evangelho.

O DIAGNÓSTICO DA QUEDA DO HOMEM

O Senhor, diante da queda do homem, fez um inquérito e ouviu os envolvidos, começando com o homem. Perguntou para o homem o que aconteceu, perguntou para mulher o que aconteceu e no final deu o seu diagnóstico. E o diagnóstico foi uma punição. Puniu a serpente que era o principal envolvido. Ele foi o principal articulador da queda do homem. Puniu a mulher e finalmente puniu o homem; Gênesis 3:17 diz: - “E a Adão disse: Visto que atendeu a voz de tua mulher  e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa” - A terra é a nossa base, é o nosso chão. Se você quiser ficar sem chão então, ao invés de ouvir ao Senhor, ouça a sua mulher. Sabe que é a sua mulher? É você mesmo. De onde saiu essa mulher? Saiu de Adão. Então este é o princípio da queda do homem. Se nós, ao invés de ouvirmos ao Senhor, dermos ouvido ao nosso sentimento natural, ainda que seja o amor, caímos. O amor natural é um grande enganador; ele tem levado muitas pessoas a acabarem com a sua própria vida. Alguns jovens, principalmente jovens, com dezoito anos até os vinte e quatro por aí, vivem um período muito perigoso. Apaixonam-se, deixam que o seu coração seja completamente tomado por uma paixão e aí, se aquele sentimento não prosperar, eles preferem morrer. Foi o que aconteceu com Adão. O Senhor lhe deu a sua ajudadora e aquela mulher era o máximo, ela era a miss universo, era ou não era? Era sim, não tinha outra. Simplesmente não havia lugar para mais nada no coração de Adão. Adão ficou completamente apaixonado.

Quando a sua mulher mostrou do fruto da árvore do conhecimento e disse que havia comido, logo Adão pensou: A minha mulher vai morrer e eu prefiro morrer com ela. Nós podemos dizer que foi o primeiro Romeu e Julieta natural. Por falta de fé, Adão comeu. Se Adão fosse como Abraão ele não teria comido, ele teria levado a sua mulher para o Senhor e teria confiado naquele que ressuscita os mortos. Abraão entregou Isaque que era a sua promessa, que era o seu futuro, por que ele creu na palavra do Senhor, que o Senhor era poderoso para trazer a existência o que não existia e era poderoso para ressuscitar os mortos (Hebreus 11:17-19). Abraão confiou na palavra do Senhor. Irmãos, nós devemos confiar na palavra do Senhor, acreditar que essa palavra é capaz de trazer a existência o que não existe, capaz para mudar nossa situação, não importando qual seja (Hebreus 11:3).

Alguns jovens pensam assim: “Ah, mas agora acabou tudo, porque eu gosto dela. Ela não gosta de mim, acabou tudo agora. A vida não tem mais sentido pra mim.” Nós devemos confiar naquele que trás a existência o que não existe e confiar naquele que ressuscita os mortos.

Já na primeira briga do casal, querem se separar. “Ah, não adianta, não tem mais jeito. Com esse aqui não tem mais jeito. Vamos encerrar.” Nós devemos confiar no Deus que ressuscita os mortos. E porque Adão ouviu a sua mulher antes de ouvir o próprio Deus, não foi colocado na lista dos vencedores em Hebreus 11.

No livro de Hebreus, no capitulo 11, há os vencedores. Vemos ali os vencedores da era de Adão. Esse capítulo de Hebreus mostra a geração da fé. Aleluia! - “Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim (Hebreus 11:4).” - Na geração de Adão, além da comissão de Adão, nós, também podemos olhar para Abel. Abel foi um vencedor! Por que ele creu na palavra do Senhor. Abel viu que para se aproximar de Deus era necessário cobrir a sua nudez, mas não com uma folha. Com a pele de um animal que foi morto (Gênesis 3:21). Esse animal que foi morto representa o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29). Aleluia! - “Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus (Hebreus 11:5).” Amém por Enoque!

Esse Enoque não é o filho de Caim. Esse é o Enoque da genealogia daqueles que temem a Deus e ele não morreu por que andou com Deus (Gênesis 5:24).

Ele foi o primeiro arrebatado. A geração que vai se encontrar com o Senhor, vivo, também não vai passar pela morte. Por isso, hoje, nós temos que aprender a andar com Deus. E como é que se anda com Deus nesta terra? Ah, ele aprendeu quando nasceu Enos. Quando nasceu Enos os homens começaram a invocar o nome do Senhor (Gênesis 4:26). Vejam o exemplo de Abel. Ele agradou a Deus com a sua oferta, mas o seu irmão lhe convidou para ir ao campo. “Vamos Abel, para o campo (Genesis 4:8).” E Abel foi. Caim queria matá-lo. Caim estava com raiva de Abel e convidou-o: “Vamos ao campo.” E ele foi.

Se ao menos Abel tivesse perguntado para Deus: “Deus, eu devo ir com Caim, com aquela cara que ele está fazendo para mim?”... Então Abel morreu. E quem lhe matou? O irmão dele.

Não é porque o teu irmão te convidou para ir ao campo que você vai. Precisamos aprender a andar com Deus. Você vai andar com Caim? Abel agradou a Deus na sua oferta, mas lhe faltou algo, algo que Enoque aprendeu. Enoque aprendeu a andar com Deus e não morreu. Ele foi arrebatado. Jesus é o Senhor! Quem quer ser arrebatado, não aceita o convite de Caim. Precisamos aprender a andar com Deus invocando o nome do Senhor.

Talvez o grande achado da geração de Adão foi o invocar o nome do Senhor. Nessa geração os homens envolveram-se com os anjos caídos, Caim fundou uma cidade, mas por outro lado, os homens começaram a invocar o nome do Senhor (Gênesis 4:26). Jesus é o Senhor! E aí nesta lista de Hebreus 11 nós vemos Noé. Aleluia por Noé! - “Divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé (Hebreus 11:7).” - Amém!  O grande acontecimento da geração de Noé foi a arca, uma edificação para a salvação.

O Senhor se arrependeu de ter criado o homem, resolveu destruir aquela geração por meio do dilúvio, mas teve algo que salvou a sua família, a arca. Irmãos, a arca foi revelada para Noé porque ele achou graça diante de Deus (Gênesis 6:8). Ele não era como aquela geração, ele andava com Deus, ele era uma pessoa que se preocupava com a justiça. Ser justo é ser correto. Naquela época não havia uma pessoa justa, mas Noé era justo, ele era correto. Ele seguia o caminho da justiça. Nós também, se quisermos escapar do juízo devemos aprender com Noé. Devemos ser pessoas corretas. Cumprir com nossas responsabilidades, nossas obrigações. Naquilo que não é contra Deus, nós devemos obedecer. Jesus é o Senhor!

Entretanto, sabemos que Noé plantou uma vinha e se embriagou ficando nu (Gênesis 9:20-27).

Uma pessoa embriagada fica nua e perde completamente o seu discernimento. Mas, ele estava nu dentro de casa, ninguém tinha visto a sua nudez, aí o seu filho expôs a sua nudez... Sabe irmãos, é muito perigoso falar da nudez de alguém, expor o pecado de alguém. As coisas que acontecem na casa devem permanecer na casa. Imagina, uma coisa que acontece na Igreja o irmão conta para os incrédulos. Já pensou uma coisa dessas? Isso é proceder como Cam, é expor a nudez de seu pai.

Não é cooperar com aquele erro e não tão pouco se embriagar também. “Ah, já que o meu pai está nu, eu também vou andar nu. Já que o meu pai está nu porque bebeu demais, eu também vou beber.” Não. Nós devemos ser aqueles que procuram cobrir a nudez daqueles que erram. Jesus é o Senhor! Esta conduta de Noé abriu a porta para que o seu filho fosse amaldiçoado. Cam foi amaldiçoado e da geração de Cam nasceu Ninrode, e ele se tornou poderoso na terra e fundou um reino (Gênesis 10:8-9). O reino de Babel, a cidade de Babel, a torre de Babel, tudo era Babel. Ele deu um nome para o reino dele. Dar um nome para o reino é exaltar o nome do homem. Por isso hoje o Senhor nos colocou na Igreja. Qual é o nome da Igreja? Igreja. A Igreja já tem nome, é o nome do Senhor e nós devemos tomar muito cuidado para que outro nome não seja exaltado no lugar do nome do Senhor.

Ainda que haja pessoas entre nós que são caçadores, que são valentes, que tem ministério, que servem ao Senhor, isso não nos dá motivo para exaltar homem algum. Jesus é o Senhor!

Os nomes que nós vamos usar na Igreja são o nome do Senhor e o nome dos Apóstolos que foram mencionados pelo Senhor. Porque eles são as bases da nova Jerusalém.

UMA GRANDE LIÇÃO NA GERAÇÃO DE NOÉ

Hoje irmãos, nós devemos nos preocupar em sermos pessoas corretas. Vejam em Gênesis 7:1: - “Disse o Senhor a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, por que reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração.” - Noé construiu a arca, mas quando a arca estava pronta, para ele entrar na arca Deus teve que o deixar entrar. Se Noé deixasse de ser uma pessoa justa o Senhor não o deixaria entrar. Ele poderia dizer: “Mas o que é isso, eu que fiz a arca?” - “Mas você já não é mais uma pessoa justa.” – diria o Senhor - Então a entrada na arca é a justiça de Deus.

Irmãos, o melhor a fazer para continuarmos no caminho da justiça é cooperar na edificação da casa de Deus. Se nós pararmos de edificar a arca daremos um grande passo para nos misturar com o mundo, com as injustiças, com os seus comércios, com as suas vantagens, com a sua linguagem, com as suas obras más. Senhor Jesus! Que cada um de nós possa aprender com Noé a andar no caminho da justiça, achar graça diante de Deus e edificar a casa de Deus. E cuidado, não vá comemorar demais. Podemos ficar alegres, mas não ao ponto de perder a sobriedade, ficar nus, expondo a nudez mesmo que seja para os nossos próprios filhos. Senhor Jesus!  

Após Deus ter espalhado a geração de Ninrode por meio de confundir as línguas, disse a Abrão: - “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei” Gênesis 12 - Esse é o primeiro aspecto da promessa de Deus, a terra. - “de ti farei uma grande nação e te abençoarei” - Aleluia! Amém pela benção! - “e te engrandecerei o nome. Sê tu uma benção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” - E aqui temos uma promessa a Abraão, e ele creu na promessa do Senhor, e a prova da sua fé foi a obediência. Ele creu e o resultado foi obedecer. Ele saiu da terra de ídolos e foi para a terra prometida sem saber para onde ia, ele foi pela fé. Jesus é o Senhor!

Essa terra que o Senhor nos prometeu é o próprio Cristo.

Ali nós podemos nos multiplicar e nos tornar uma grande nação que é a Igreja, e ali também, podemos receber a benção que é o Espírito e por meio do Espírito que é o próprio Senhor, todas as famílias da terra podem ser abençoadas. E o objetivo de Deus era abençoar a terra por meio da descendência de Abraão. Só que este descendente que Abraão pensava que era Isaque, na verdade é Cristo. Jesus é o Senhor!

A SEMENTE PURA E DE GRAÇA PARA ALCANÇAR TODOS OS TIPOS DE SOLO

Abraão representa a fé, Isaque representa a graça. Todas as riquezas de Abraão foram passadas a Isaque. Isaque é o herdeiro de tudo. Quando nós cremos nas promessas do Senhor, recebemos tudo aquilo que Deus prometeu para nós em Cristo e essa promessa inclui a remissão de pecados e o dom do Espírito que é a vida eterna. E mais do que isso, nós recebemos a herança de reinar com Cristo. Mas para nós recebermos esta herança precisamos ser transformados. A nossa alma tem que ser transformada. De suplantadores, de amantes da nossa pessoa, precisamos aprender a negarmos a nós mesmos, tomar a cruz e seguir ao Senhor (Mateus 16:24). O resultado de seguir ao Senhor é ser transformado. É ser transformado e amadurecer. Assim como Jacó foi transformado e se tornou Israel e amadureceu a ponto de abençoar todos os seus filhos com a palavra de Deus.

Ele ficou muito claro do propósito de Deus e ele abençoou a José dizendo que ele era um ramo frutífero junto à fonte e os seus ramos se expandem por sobre os muros (Gênesis 49:22). Aleluia! José é a continuação de Jacó. Esse José é o reinar em vida. Esse José ganhou autoridade a ponto de governar o Egito (Gênesis 41:41). Jesus é o Senhor!

Essa é a semente do ministério. Tudo o que o Senhor é e tudo o que o Senhor pode, está nessa semente. Só que José morreu no Egito e foi colocado dentro de um caixão (Gênesis 50:26). E no Egito tem um segurança que é o Faraó, que é o próprio Satanás. A semente é boa, mas está no Egito. E quem é que vai levar essa semente para a boa terra? Aleluia! Uma nova geração levará, e essa geração é a geração dos conquistadores.

Eles vão entrar em território inimigo e vão resgatar a semente da vida pelo poder de Deus. Aleluia! Nós precisamos experimentar o êxodo. Amém! O Senhor preparou uma equipe de conquistadores: Moisés, Arão, Josué e Calebe para trazerem a semente de volta ao seu devido lugar que é a boa terra, para ali o Senhor abençoar o seu povo e a semente se multiplicar se tornando uma benção para toda a terra. Jesus é o Senhor!

A seguir veremos desde Êxodo até Josué com a geração dos conquistadores: Moisés, Arão, Josué e Calebe. Nasceram aonde? No Egito. Quem nasce no Egito é o que, europeu, chinês? É africano. Do Egito chamei o meu filho (Mateus 2:15). Aleluia!

Nesse século XXI essa semente tem que sair de dentro deste túmulo. Uma semente precisa ser como aquela semente de Mateus capítulo 13, que é semeada em qualquer terra. A beira do caminho, em solo pedregoso, no meio dos espinhos, na boa terra... Em todos os tipos de solo... Semente.

Se uma semente for muito cara você vai colocar essa semente na beira do caminho? A semente tem que ser barata. Semente tem que ser pura, semente não pode ter agrotóxico. Semente não pode ter fermento. A semente só pode ter a pura palavra de Deus. A semente não pode ter outra coisa. Se tiver outra coisa na semente, quando a semente crescer, essa outra coisa vai crescer também. Se nós colocarmos um nome na semente que não é o nome do Senhor, quando essa semente crescer, esse nome não vai crescer também? E aí vai confundir. Alguém poderá dizer: “Vem cá, mas como é que tem esse nome e esse nome aqui?” Essa semente produz a Igreja que é o reino. Se nós colocarmos outra coisa misturada na semente essa outra coisa vai aparecer também e as pessoas vão confundir: “Isso é a Igreja assim ou assado? Como é que a Igreja tem esse outro nome aqui?” Então essa semente que nós temos deve ser uma semente pura, ela deve ser também orgânica, cheia de vida.

Essa é a semente do ministério que devemos ter em abundância. Este é o nosso desafio: produzir semente em abundância, semente barata, semente pura, semente boa. Que nós podemos sair por aí e semear em qualquer terra. Semente fácil de transportar como o semeador que saiu a semear (Mateus 13:3). O semeador aonde ia levava semente. Nós precisamos ter este encargo.

Esta conferência é para nos dar encargo pela semente e essa semente é a palavra de Deus. É a palavra falada e a palavra escrita. Uma palavra escrita, pura, sem mistura, sem agrotóxico, sem nome nenhum, ou seja, com o nome do Senhor e a palavra do Senhor.

Amém pela semente e amém pela geração dos conquistadores! Precisamos tirar essa semente do Egito e levá-la para a boa terra. Mas para levar é preciso ter alguém para transportá-la. Precisa de liderança, precisa de legislador, precisa de educador e precisa de um exército. Um exército educado.

É isso que estes livros de Êxodo até Josué vão trazer para nós. A geração dos conquistadores para levar a semente do ministério.

 

Jesus é o Senhor!