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A Geração da Fé

Leitura bíblica - Gênesis 12:1-3

 

Nós já vimos o ministério na era Pré-adâmica, para poder entender o cenário da criação e re-criação de Deus. Vimos, também, o ministério na geração de Adão, que recebera, com sua mulher, a comissão de serem fecundos, multiplicarem-se, encherem a terra e dominar sobre ela.

Eles deveriam cuidar do jardim, desfrutando da vida e da presença de Deus. Entretanto, Adão e Eva caíram e, como conseqüência, sua família foi afetada e duas linhas vieram de seus filhos: a linha de Caim e a linha iniciada com Sete (que substituiu Abel, que fora morto por seu irmão).

A linha de Sete iniciou a importante prática de invocar o nome do Senhor. Essa é uma prática básica e indispensável. Precisamos invocar o nome do Senhor a todo tempo, dependendo Dele, para a continuação da nossa existência, permanecendo na presença de Deus.

Enoque, descendente de Sete, andou com Deus até que foi tomado por Ele em vida. Isso representa o arrebatamento dos vencedores na segunda vinda do Senhor. Nós temos a esperança de estar entre eles. Se hoje nós seguirmos a linha que o Senhor preparou para nós, poderemos estar vivos na presença do Senhor.

Mas a geração de Adão foi derrotada pela linha de Caim. A terra ficou cheia de violência e fornicação, pois anjos caídos se uniram com a humanidade caída, produzindo gigantes, chamados de Nephelins (Gênesis 6:1, 3). Eles eram contra Deus e contra o Seu plano. Foi por causa deles que Deus se arrependeu de ter criado o homem (Gênesis 6:5-6) e decidiu finalizar toda aquela geração.

Mas, louvado seja Deus, pois Noé achou graça diante do Senhor (Gênesis 6:8). Ele aprendeu como estar na presença de Deus, como andar com Ele, e recebeu a comissão de construir uma arca (Gênesis 6: 11-22), que era para a sua salvação e para a continuação da humanidade.

Após vagar por meses sobre as águas que inundaram a terra, quando Noé saiu da arca com sua família, Deus fez uma nova aliança com Noé, representada pelo arco-íris, que indica que Deus não mais julgará os seres humanos com água. A humanidade será preservada até o julgamento com fogo, que ocorrerá na segunda vinda do Senhor, no Dia do Senhor. Nós precisamos estar preparados para o Dia do Senhor, para o tempo que o Senhor vai julgar toda a terra, não com água, mas com fogo. A arca de Noé era à prova d’água, mas hoje nós precisamos de uma arca à prova de fogo.

 

PREPARADOS PARA O JULGAMENTO DE CRISTO

Podemos aprender com a geração de Noé como estar preparados para o julgamento de Cristo. Noé não somente foi justo diante do Senhor, mas também entrou na arca. Ele só entrou porque fora um justo entre sua geração. Por isso, o Senhor o preservou e lhe deu a comissão de construir a arca. Antes de ele entrar na arca, Deus lhe disse: “Como você é um justo, pode entrar”. Se Noé não tivesse continuado na sua vida de justiça, ele não estaria habilitado para entrar na arca, mas, louvado seja o Senhor, Noé foi preservado, e Deus abençoou Noé e seus filhos e lhes disse: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra”. Eles se tornaram a segunda geração e foram abençoados.

Entretanto, Noé plantou uma vinha, produziu vinho, bebeu dele e se embebedou, e, por causa disso, ficou nu e um de seus filhos expôs sua nudez (Gênesis 9:20-28). O resultado foi Noé amaldiçoar seu filho. Sim, Noé abriu a oportunidade para essa situação, entretanto Deus não condenou Noé; Noé é um vencedor, mas essa situação veio pela sua geração.

A seguir, surgiu Ninrode, que se tornou um poderoso caçador diante de Deus. Ele foi exaltado e estabeleceu um reino, com a cidade de Babel e a torre de Babel. Gênesis 11 relata o julgamento de Deus contra aquela geração. Deus os julgou trazendo problemas, confundindo as línguas. Dessa maneira, eles já não conseguiam entender o que um queria dizer ao outro, e, por causa disso, essa geração foi espalhada pela terra.

Mas mesmo com o problema da língua, aonde quer que fossem, eles estabeleciam ídolos, e toda a terra se encheu de ídolos. Deus reagiu chamando outra geração, que nomeamos de raça chamada. Existem a raça criada e a raça chamada. A raça chamada iniciou-se com Abraão, que foi chamado por Deus para introduzir um novo início, que é pela fé.

Nesta mensagem, vamos tratar dessa geração da fé, da qual Abraão é o pai. No Velho Testamento, não são muitas famílias que se tornaram vencedoras, mas aqui temos uma boa família com Abraão, Isaque, Jacó e José; todos eles são mencionados como vencedores. Eles venceram por causa da fé. Nós temos um caminho, uma maneira de sermos vencedores: podemos nos tornar vencedores pela fé, recebendo a palavra de Deus, absorvendo-a e praticando-a.

Abraão recebeu a palavra, creu e obedeceu a ela. Se nós não a recebermos e não crermos nela, então não estaremos aptos para obedecer. Abraão recebeu a palavra de Deus e obedeceu. Louvado seja o Senhor!

Abraão viveu de acordo com aquela palavra. Ele teve um filho, Isaque, que herdou tudo de seu pai, e de Isaque nasceram dois filhos: Esaú e Jacó. Jacó tornou-se a continuação da geração da fé; ele teve 12 filhos, que foram os pais das 12 tribos de Israel. Israel é Jacó transformado. O nome Jacó significa suplantador, mas ele foi transformado pela fé, e tornou-se Israel, o príncipe de Deus.

José, filho de Israel, representa a maturidade de Jacó administrando a terra; esta é uma figura completa, apresentando a completa filiação que Deus quer fazer em nós. O primeiro passo é a fé – representada por Abraão –, e então vem a graça, que é a nossa herança, pois herdamos tudo o que Deus tem preparado para nós – isso é visto em Isaque. Mas o que recebermos de Deus precisa ser trabalhado em nós, e essas riquezas precisam operar em nós, como na experiência de Jacó, que foi transformado em Israel. Em seu filho José pode-se ver a continuação da sua transformação. Ele tornou-se velho em idade, mas em vida ele era maduro, e sua maturidade era para governar a terra. Desse modo, José foi governador na maturidade de Jacó.

LEVAR ADIANTE O PLANO DE DEUS

Essa é a figura da geração da fé. Isso é exatamente o que Deus quer fazer em nós, Ele quer nos chamar para fora da raça caída, Ele quer iniciar uma nova história em nós. Nós cremos nele, mas temos de mudar nosso endereço: não podemos permanecer no mesmo lugar, precisamos nos mudar para uma nova terra e começar uma nova história, uma história de fé, seguindo o falar do Senhor. Somente assim poderemos desfrutar das Suas riquezas, e elas irão operar em nós, em nosso coração, em nossa alma, e então, em vez de suplantadores, nos tornaremos príncipes de Deus para governar a terra.

Esse governo é representado pelo ministério de José, que se tornou administrador do Egito, o país que representa o mundo. Esse é o caminho que Deus tem preparado para nós, e nós podemos aprender olhando para a experiência de Abraão, Isaque, Jacó e José. Esse é o conteúdo do livro de Gênesis. Iniciando com a era pré-adâmica, passando pelas gerações de Adão, de Noé e, por fim, atingindo a geração da fé: Abraão, Isaque, Jacó e José, cujo resultado é governar a terra.

O último versículo de Gênesis traz: “Morreu José da idade de cento e dez anos; embalsamaram-no e puseram num caixão no Egito” (50:26). Isso não é um final muito bom para o nosso filme, por isso precisamos continuar esta conferência. De qualquer maneira, podemos guardar os aspectos positivos na linha de Abraão, Isaque, Jacó e José representando nosso chamamento e o que Deus tem preparado para nós. Ele quer que herdemos suas riquezas e quer nos transformar. A grande porção do livro de Gênesis é a porção de Jacó, porque falta da nossa transformação.

No Novo Testamento, temos a redenção de Cristo e a regeneração de todo aquele que crê no Senhor, mas a maior parte do Novo Testamento trata da nossa transformação.

No livro de Gênesis vemos uma figura completa do que Deus quer fazer, concluindo com a geração da fé. Com essa geração Deus pode cumprir Seu plano, chamando-nos pela fé, dando-nos a herança, transformando-nos de Jacó em Israel e governando a terra através de José. Louvado seja o Senhor!

Mas, no final do livro de Gênesis, o rei está morto e embalsamado em um caixão. Isso mostra que o reino é uma questão de transformação. Por isso, há todos os livros bíblicos com o fim de nos mostrar a história da transformação da nossa alma.

No capítulo 11 do livro de Hebreus, temos a concepção do autor desse livro – provavelmente o apóstolo Paulo – quanto à visão e à revelação do plano de Deus, a economia de Deus e os dois grandes mistérios: o mistério de Deus e o mistério de Cristo. Ele falou sobre isso para ajudar os hebreus crentes a perceber que Cristo é superior a qualquer outra coisa, e a entender que o caminho que Deus preparou para Seus filhos, no Novo Testamento, não é mais a lei, e sim a fé.

Desse modo, Hebreus 11 apresenta o caminho da fé, que consiste de levar adiante o que Deus tem planejado com relação a nós. Não temos outro modo de nos tornarmos governantes no reino de Cristo a não ser o caminho da fé. O apóstolo Paulo apresentou isso e falou de várias gerações, de acordo com esse entendimento da fé.

Hebreus 11:1 diz: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não se vêem”. Essa é a definição de fé; não há, em toda a Bíblia, outro verso com uma definição de fé tão boa como essa. Sabemos que Abraão é o pai da fé, mas se lhe perguntássemos o que é fé, ele provavelmente iria responder: “Fé é fé!”, e não saberia explicá-la a nós. Mesmo nos dias atuais, quando perguntamos a alguns cristãos o que é fé, eles respondem que a possuem, mas não sabem o que ela é. Se perguntar a uma pessoa na rua se ela tem fé, ela responderá mais ou menos desta maneira: “Sim, eu tenho fé, eu creio demais, eu creio que amanhã irei receber algo, e então amanhã eu recebo algo”. Isso não é fé! Fé é algo relacionado com o próprio Deus. Os homens não têm fé! A fé é um presente de Deus. Louvado seja o Senhor!

Se temos fé, precisamos reconhecer: “Ó Senhor, ó Deus, obrigado! Eu tenho recebido este presente, eu tenho recebido fé!” Segundo a definição de Hebreus 11, a fé é a certeza de coisas que se esperam. Pela fé, materializamos algo que esperamos, mas como isso ocorre? Isso só é possível por meio da palavra de Deus. A palavra de Deus nos mostra o que esperamos e nos traz a esperança. Deus é a fonte da nossa fé, pois é a fonte de todas as promessas que recebemos; e ele nos tem dado fé através da palavra.

O versículo continua dizendo que a fé é a convicção de fatos que se não se vêem. Isso indica que as questões da fé não estão numa esfera material, mas espiritual. Nossos olhos distinguem os objetos. A luz proveniente de um objeto pode entrar pelos olhos e tornar aquele objeto real para quem o vê. Semelhantemente, Deus é apresentando pela palavra em uma visão espiritual. Louvado seja o Senhor!

A palavra de Deus nos apresenta uma visão espiritual, mas é somente pela fé que essa visão pode se tornar real para nós. Ela faz o papel de olhos espirituais. Precisamos desses olhos espirituais a fim de que essa imagem externa – a visão espiritual – entre em nós. O espírito humano tem a capacidade de introduzir coisas espirituais em nós. Louvado seja o Senhor!

Um computador não tem essa capacidade; ele pode receber informações, mas não pode receber coisas espirituais, pois não tem espírito. Nosso espírito serve para capturar e assimilar o que Deus nos tem apresentado pela Sua palavra. Dessa forma, a fé é o resultado da união de dois elementos: a palavra de Deus e o Espírito. Esta é a nossa fórmula:

Palavra + Espírito = fé!

Se temos palavra, mas não temos Espírito, não obtemos fé. Se só tivermos conhecimento bíblico, por exemplo, não teremos fé. Por outro lado, apenas ter Espírito sem Palavra não nos dará fé. Nós precisamos da palavra somada ao Espírito a fim de produzir a fé! Louvado seja o Senhor!

O capítulo 4 do livro de Hebreus explica por que o povo de Israel não herdou a Boa Terra. Eles receberam a palavra, receberam a promessa, mas não entraram na Boa Terra; eles morreram no deserto. Somente Calebe e Josué herdaram a terra.

“Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado” (4:1). O descanso mencionado no versículo é a Boa Terra de Canaã. O apóstolo está usando a experiência de Israel para admoestar os crentes, ou seja, nós. “Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não terem sido acompanhadas pela fé naqueles que a ouviram” (v. 2). Eles ouviram a palavra, mas não a aproveitaram, porque não a misturaram com fé.

 

MISTURAR A PALAVRA COM FÉ

Nós somos gratos a Deus porque temos fé, que vem de Deus. Quando recebemos a palavra de Deus, temos de misturá-la com a fé, que é o nosso espírito. Esse espírito também é chamado de espírito da fé. Quando a Bíblia diz que devemos ouvir a palavra misturando-a com a fé, precisamos praticar isso exercitando o nosso espírito.

Isso é misterioso para o homem. Se você perguntar às pessoas na rua de que modo exercitam o corpo ou a alma, elas saberão responder perfeitamente. Mas se questionar como exercitar o espírito, provavelmente responderão que precisam ir à igreja para isso. Na verdade, não precisamos ir até um lugar físico. Precisamos ir até o espírito. Como entrar no espírito? Por meio do nome do Senhor! O nome do Senhor tem nos dado a chave para abrir nosso espírito: Ó Senhor Jesus!

Ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, exceto pelo Espírito Santo (1ª Co 12:3).Toda vez que invocamos o nome do Senhor, exercitamos nosso espírito; quando ouvimos a palavra, precisamos estar no espírito, exercitando o espírito. É por isso que dizemos “Amém!” entre nós, especialmente quando alguém está profetizando. Não é porque gostamos de fazer isso, mas porque o Senhor é o Amém! Quando dizemos “Amém!”, estamos invocando o nome do Senhor (2 Co 1:20).

Precisamos aprender a misturar a palavra que ouvimos com a nossa fé, orando enquanto a ouvimos. Nós também precisamos aprender a ouvir a palavra ao mesmo tempo em que invocamos o nome do Senhor. É por isso que quando ouvimos a palavra pensando que ela é boa para outra pessoa, ela deixa de ser proveitosa para nós, porque não estamos misturando a palavra com a nossa fé, com o nosso espírito. Por isso precisamos invocar e orar no espírito, recebendo a palavra e contatando Deus.

Também é por essa razão que se você simplesmente pega a palavra dita por algum irmão e testifica: “O irmão diz que nós precisamos disso... essa é uma boa palavra”, isso não é fé, porque a fé vem de Deus. Se não contatarmos Deus, não teremos fé.

No fim do primeiro século da era cristã, muitos crentes haviam memorizado as palavras do apóstolo Paulo, mas lhes faltava ir a Cristo para ganhar fé. Eles podiam ter boa memória, e até eloqüência, mas lhes faltava fé. Então o apóstolo João os ajudou a praticar as palavras que Paulo havia dito. Esse foi o ministério remendador de redes do apóstolo João.

Por isso alguns se tornam grandes discursadores, mas lhes falta realidade, porque somente o Senhor é o Espírito da realidade. Não basta que o que falamos esteja correto, é necessário que haja fé. João ajudou os crentes a esse respeito, quando disse: “No Princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1:1). Ele estava mostrando que a palavra é Deus, que a palavra não vem de Paulo. Paulo foi usado para trazer a palavra, mas a palavra é Deus, e nós precisamos ir até Ele.

Por outro lado, claro que a palavra de Paulo é diferente daquela que nós estamos compartilhando neste momento, por exemplo, porque a palavra de Paulo tornou-se a própria Palavra de Deus, a Bíblia. Paulo e os outros apóstolos são diferentes porque eles se tornaram os pilares, e eles serão os fundamentos da Nova Jerusalém. Eles foram usados para lançar a Palavra de Deus. A explanação deles é diferente de quando alguém está sendo usado para explanar a palavra de Deus hoje em dia.

Hebreus 11:2 diz: “Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho”. Os antigos são os patriarcas; eles iniciaram a história do homem com Deus. “Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, a maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem” (v. 3). Tudo isso é pela fé; é Deus por Si mesmo; não é pela capacidade da mente. Não diga “Agora eu entendo, agora eu tenho fé”, não, entender não é fé; fé vem de Deus, mas ela é entendimento espiritual e isso vem de Deus, como o Senhor Jesus quando apresentou a parábola do semeador (Mt 13:1-9, Mc 4:1-9, Lc 8:4-8). Ele apresentou a parábola do semeador, mas muitas pessoas não entenderam. Mais tarde o Senhor explicou a parábola (Mt 13:10-23, Mc 4:10-20, Lc 8:9-15) e somente então eles receberam a palavra. Aquela explanação veio do Senhor, e é diferente de quando alguém explica e a outra pessoa entende. Nós entendemos pela fé! Por que aceitamos que o universo foi criado por Deus? É pela fé, pois não estávamos lá.

 

CUIDADO COM O IRMÃO QUE NÃO AGRADA A DEUS

O primeiro da lista dos vencedores de Hebreus 11 não foi Adão. Adão não foi mencionado, porque deu ouvidos à voz de sua mulher e comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal. Adão amou sua mulher; ela era sua auxiliadora e ele decidiu que deveria ouvi-la. Por causa disso, ocorreu tamanho dano. Ele deveria ter sido forte o suficiente para não ter comido daquele fruto que ela lhe deu e deveria ter ido ter comunhão com Deus sobre o que fazer.

Genesis 3:17 diz: “E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses”. Adão comeu da árvore do conhecimento, mas não comeu da palavra de Deus. O que é fé? É comer da Palavra de Deus. Ele não comeu da palavra de Deus, mas comeu da voz de sua mulher. Não esqueçamos que Eva viera do próprio Adão. Desse modo, quando Adão quis pôr a culpa em Eva, na verdade o culpado era ele mesmo. Aquela costela da qual Eva fora feita representa o centro da personalidade de Adão. Ela estava representando ele; a mulher não veio de Deus, ela veio de Adão! Por isso, a atitude de Adão foi uma rebelião.

Hoje, semelhantemente, nenhum de nós pode pôr a culpa na esposa. Se você diz: “Minha mulher é a culpada”, não se esqueça de que ela veio de você. Você a escolheu de acordo com a sua vontade; e ela é exatamente o que você é.

“Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala” (Hebreus 11:4). Abel foi assassinado, mas se tornou um vencedor porque confiou na palavra de Deus e agradou a Deus com o seu sacrifício.

O assassinato de Abel por seu irmão nos traz uma lição. Se um irmão que não agrada a Deus o convidar para ir ao campo, não vá com ele, pois ele quer matar você. Caim convidou Abel para ir até o campo, mas em seu coração ele havia resolvido matar seu irmão.

“Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes de sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus” (v. 5). Enoque usou o que Deus havia apresentado antes através de Abel e de Enos: ele sacrificou, tornou-se um justo e veio à presença do SenhorJeová para aprender como andar com Deus. A maneira de andar com Deus é invocando o nome do Senhor. Você vai à casa de Deus invocando o nome do Senhor. Ó SenhorJesus!

Enoque desfrutou da palavra do Senhor e do Seu nome. Por causa disso, o SenhorDeus o transladou, o arrebatou para Si. Enoque tornou-se um modelo para todos nós. Abel foi um vencedor, mas é muito melhor ser como Enoque. Enoque provavelmente foi convidado por alguém para ir ao campo, mas como andava com Deus e invocava o Seu nome, ele certamente perguntou ao Senhor: “Senhor, meu irmão está me convidando para ir ao campo atrás daquele monte, o que eu devo fazer?” Ele tentou ir, mas perdeu a paz interior. Você não tem obrigação de ir com alguém que te convida; avalie bem: se for para perder a paz, é melhor não ir.

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, portanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (v. 6). Sem fé é impossível agradar a Deus.

“Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé” (v. 7). Noé foi aprovado, mesmo tendo falhado ao se embriagar com vinho e ficar nu. Isso significa que mesmo cometendo erros, nós podemos ser aprovados.

 

 

 

 

ASSIM COMO NOÉ, SABEMOS QUE O JULGAMENTO

DO MUNDO ESTÁ PRÓXIMO

Somos como Noé. Nós sabemos que o mundo será julgado muito em breve. Nós não precisamos pagar para entrar na arca, somente precisamos estar no espírito. Esse lugar é a arca do Senhor. Louvado seja o Senhor!

O julgamento de Cristo não será com água, mas com fogo. Por isso, para escapar desse julgamento, hoje nosso coração e nossa alma precisam passar pelo fogo. Noé foi aprovado, pois ele acolheu a palavra que Deus lhe dissera e ele cumpriu a sua principal comissão, que fora preservar os seres humanos por meio daquela arca. Mas sua geração falhou e então veio Ninrode.

Nós temos sido salvos da condenação eterna, mas nossa geração está sob teste. Todos nós pertencemos à mesma geração, nós estamos no mesmo barco. Se você puser fogo no barco, todos nós seremos queimados. Por isso, não exploda o barco, pois todos estamos nele. Se você discutir com alguém, por exemplo, você pode discutir, mas não exploda o barco, porque todos afundaremos.

Nós podemos ir a outro lugar? Nós podemos achar outro lugar que só desfruta do nome do Senhor? Talvez você vá a um lugar e eles podem cantar melhor do que nós, eles podem ter coisas que nós não temos, talvez um local de reuniões melhor, entretanto você precisará receber o homem de Deus, que irá sentar em um lugar especial, e você precisará pagar pela casa dele, pelos carros dele. Ele vai pregar a prosperidade e, para provar que a palavra dele é real, ele precisará ter muito dinheiro e dirá: “Olhe para mim, eu tenho muito dinheiro, se você é como eu... eu tenho muito dinheiro! Vamos ofertar para Deus!” Mas, na verdade, ele se coloca no lugar de Deus, você oferta para ele, que é o dono da caixa de ofertas.

“Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia” (v. 8). Esse foi o chamamento de Abraão. Louvado seja o Senhor!

Hoje muitos santos estão migrando para servir ao Senhor. Estão indo pela fé, porque o Senhor lhes mostrou que tinham de ir. Talvez hoje eles não tenham nada ainda, assim como Abraão, que recebeu a promessa de uma terra, mas, quando chegou a seu destino, teve de viver em uma tenda. Ele não cobrou do Senhor uma casa, pois ele tinha a esperança de receber uma cidade celestial. Louvado seja o Senhor!

“Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa” (v. 9). Podemos imaginar que Abraão dizia a seu filho: “Isaque, meu filho, Deus me prometeu ser rico e viver em uma nova terra”, e seu filho respondia: “Pai, por que estamos vivendo nesta tenda, se Deus prometeu a você ser rico? Você disse que esta é a terra da promessa e que você seria abençoado por todas as nações, mas nós estamos vendo numa tenda”. Certamente não era fácil para Abraão explicar a situação a seus filhos.

“Porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador” (v. 10). Deus está edificando nossa Cidade!

Agora veremos a primeira mulher na lista dos vencedores: “Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa, por isso, também de um, aliás já amortecido, saiu uma posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e inumerável como a areia que está na praia do mar. Todos este morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra” (vs. 11-13).

Nossa esperança não está na terra, mas na vinda do Senhor. Nós não podemos prometer a você ser rico, ter casa, ter carro, mas eu posso testificar que Aquele que nos chamou tem cuidado de nossas necessidades. Deus prometeu apascentar-nos, Ele é nosso pastor, nada nos faltará. O Senhor encarregou-Se de cuidar de nós e das nossas necessidades. Se temos necessidade de um carro, o Senhor irá nos dar um carro, mas esse carro não é para nós, e sim para nos ajudar a cumprir o nosso comissionamento.

Cada um de nós tem uma comissão, e, se para cumprir nossa comissão, precisamos de carro, ônibus, barco ou avião, nós teremos esses meios e outros mais. Os discípulos disseram ao Senhor: “Ó Senhor, vamos segui-Lo aonde você for”, mas o Senhor não tinha nada, nem onde reclinar a cabeça (Mt 8:20, Lc 9:57-62), mesmo assim logo em seguida eles entraram e viajaram em um barco. O Senhor também usou casas e se alimentou diariamente. Uma vez Ele foi questionado se tinham de pagar taxas e Ele, que não tinha dinheiro, pediu para mostrarem-Lhe uma moeda. Ele não mostrou uma moeda sua, mas pediu que outro a mostrasse. Então mostraram a moeda e Ele deu uma resposta àquela pergunta (Mateus 17:24-27). O Senhor viveu na terra sem possuir uma carteira, mas vivia muito bem.

Nós somos a geração da fé. Mesmo que não tenhamos bens, não nos preocupamos. Nós só nos preocupamos com a promessa do Senhor: uma cidade da qual Ele mesmo é a fundação e essa fundação vem da Sua palavra. Mesmo que não tenhamos uma casa, nós temos uma cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador. Jesus é o Senhor!

“Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar” (vs. 14-15). O versículo 16 diz: “Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonhou deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade”. Hoje Deus está preparando cidades para nós, a fim de que preguemos o evangelho e estabeleçamos nelas o testemunho do Senhor. Quantas cidades na África do Sul ainda precisam do testemunho do Senhor Jesus? Nós podemos herdar esses lugares.

“Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou” (vs. 17-19). Abraão pode ter pensado: “Se o Senhor me pediu para sacrificar meu único filho, meu futuro, se o Senhor está demandando isto, eu confio Nele, ele é o filho da promessa, o Senhor vai achar um caminho, eu creio Nele”. Isso era o que Adão tinha de ter feito, quando sua mulher lhe deu daquele fruto, ele precisava ter confiado na palavra do Senhor: “Se o Senhor me deu essa auxiliadora, ela não vai morrer. Ele vai achar uma forma de curá-la”.

“Pela fé, igualmente Isaque abençoou a Jacó e a Esaú, acerca de coisas que ainda estavam para vir. Pela fé, Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão, adorou. Pela fé, José, próximo do seu fim, fez menção do êxodo dos filhos de Israel, bem como deu ordens quanto aos seus próprios ossos” (vs. 20-22). José fez isso porque sua esperança estava em uma boa terra.

Abraão, Saara, Isaque, Jacó, José, todos eles foram vencedores por causa da fé.

Romanos 4:17-20 nos diz: “como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí), perante aquele no qual creu, o Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem. Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência. E, sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus”.

Nós podemos ser fortalecidos por meio de dar glória a Deus. Tudo era contra o cumprimento da promessa dada a Abraão: sua idade avançada, a situação de sua mulher, etc., entretanto ele estava fortalecido pela fé, porque dava glória a Deus: “Ó Senhor Jeová, Ó Senhor, eu creio em você, eu creio na sua promessa!” Por isso ele se tornou o pai da fé.

A nação que foi produzida de Abraão terminou por se tornar cativa no Egito, então eles tiveram de sair e retornar à Boa Terra. Quem fez isso foi uma geração de africanos: Moisés, Arão, Josué, Calebe nasceram no Egito, na África. Eles se tornaram vencedores, pois saíram do cativeiro e herdaram a Boa Terra.

Existem muitos pontos sobre Abraão, Isaque, Jacó e José, mas o mais importante é a fé. Pela fé Abraão saiu da sua terra, da casa de seu pai, deixou seus parentes, sua cultura, e foi para a terra da promessa. Isaque representa a graça, a herança, as riquezas em Cristo, que herdamos quando cremos no Senhor. Mas para tomar posse dessas riquezas, nós precisamos permitir que o Senhor opere em nós, transforme nossa alma de um suplantador em um príncipe de Deus, assim como a experiência de Jacó, que terminou por se tornar Israel.

Jacó, logo que saiu da casa de seus pais, fugindo de seu irmão, Esaú, disse que daria uma “gorjeta” a Deus, mas ele foi para a casa de Labão, que tomou tudo dele, até que Jacó tornou-se o príncipe de Deus. De nossa parte, não estamos aqui para dar uma “gorjeta”, mas para dar tudo o que temos. Nós precisamos aprender a apresentar tudo o que temos ao Senhor. Tudo o que temos pertence ao Senhor.

Jacó sofreu muito para se tornar o príncipe de Deus. Seu filho José sofreu também, mas ele tinha uma visão. Ele foi posto na prisão e sofreu injustamente, a fim de que tivesse ampliada a sua capacidade de administrar as riquezas de Deus. Nós passamos por sofrimentos justos e injustos. Os sofrimentos justos são para nos transformar de suplantadores em príncipes de Deus, mas às vezes não existe uma razão para estarmos sofrendo, e isso ocorre para ampliar a nossa capacidade, para a nossa maturidade, a fim de que possamos administrar a terra. Precisamos saber como usar as riquezas de Deus. As riquezas de Deus não são para nós; são para o Seu propósito.

Cuidar da terra e governá-la: esse é o nosso chamamento! Deus está nos chamando para herdar Cristo como nossa riqueza, e, através dessa riqueza, Ele quer transformar nossa alma e dar-nos capacidade de governar a terra. Desse modo, no Dia do Senhor nós poderemos ser aprovados.

Agora talvez nós estejamos em um caixão, e precisamos pedir que o Senhor envie alguém que assuma a liderança, como Moisés o fez, e ajude-nos a sair da terra de cativeiro e prepare-nos como um exército para conquistar a terra como Josué.

 

Louvado seja o Senhor!